Comentarios de um cientista tuga em NYC interessado na politica, nas artes, na cultura que a cidade tem para oferecer, nas contradiccoes deste pais tao amado por uns e tao odiado por outros - e no vosso feedback!

sábado, outubro 17, 2009

E eu que pensava que em Espanha as mentalidades eram mais evoluídas que em Portugal... Felizmente já ultrapassámos esta fase! Mas que levou muito tempo levou.
Claro que em Espanha a lei que têm já legaliza o aborto em termos práticos... Mais uma razão... para não perceber o protesto. Só se vai legalizar o que agora se faz alegando razões "psicológicas".

In Publico.pt:

http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1405605&idCanal=11

"O protesto transformou-se numa enorme vaia à governação socialista
Centenas de milhares em Madrid contra nova lei do aborto
17.10.2009 - 18h36 Nuno Ribeiro, em Madrid
Centenas de milhares de pessoas manifestaram-se, ontem, nas ruas da capital espanhola, contra a nova lei do aborto do Governo de Rodriguez Zapatero. O desfile, convocado por 44 associações provida, à qual aderiram 333 diversas organizações, das quais 243 internacionais, foi o mais sério protesto contra uma medida do Executivo socialista nos cinco anos de liderança de Zapatero.

“Só consideraremos o aborto uma questão encerrada quando não houver um único aborto em Espanha”. Foi com estas palavras, que levam o protesto além da crítica ao projecto da revisão da legislação de 1985, que Benigno Blanco, presidente do Foro da Família, concluiu o desfile de hora e meia. Contudo, no comunicado final só era pedida a retirada do novo projecto e novos apoios à maternidade. Os organizadores movem-se, assim, numa calculada ambiguidade de objectivos.

“Avé Zapatero, os que vão morrer te saúdam”, lia-se num cartaz exibido por cinco jovens na marcha das Portas do Sol à Porta de Alcalá. Um lema à margem do oficial – “pela vida, a mulher e a maternidade” –, e um dos raros momentos de criatividade cidadã numa iniciativa marcada por uma grande organização. Tudo foi preparado ao pormenor: a palavra de ordem “sim à vida, aborto não”, impôs-se sem dificuldade. “Aborto, novo holocausto” foi outra das frases não previstas no guião, mas que serviu para expressar o repúdio pela alteração da lei do aborto apresentada pelo gabinete socialista."